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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

APITO ENCARNADO - PARTE I

Todos sabemos que o futebol português é controlado por uma máfia tri-céfala que impede que este se possa desenvolver de forma harmoniosa. A máfia domina e impede que tudo o que existe à sua volta possa crescer. Portugal, apesar de "no papel" se afirmar como um Estado de Direito, não é mais que uma República das Bananas onde os "tubarões" controlam o Estado para ir de encontro aos seus interesses. Do grupo dos "tubarões" fazem parte, como não poderia deixar de ser, os três marretas do nosso futebol. No entanto, mesmo nos Estados controlados pela corrupção e compadrio, há sempre pessoas que não se conformam com a situação e não se deixam ir no rebanho. Foi assim que nasceu o famoso processo "Apito Dourado" que encheu de esperança todos aqueles que sonham com um futebol limpo, onde ganhem as melhores equipas e não os mafiosos de sempre. Depressa se verificou que as instituições da República das Bananas estão bem alerta, pois os recuos que o referido processo tem sofrido, irão certamente conduzir a uns arquivamentos e a umas "condenaçõezinhas" com pena suspensa para alguns, de maneira a que se consiga "tapar o sol com a peneira" e varrer toda a porcaria para debaixo do tapete. Apesar de tudo, conseguiu-se alguma coisa com este processo. No entanto, há tubarões e tubarões. O processo "Apito Dourado" ainda conseguiu nascer, mas o processo "Apito Encarnado" nunca chegou a ver a luz do dia. O presidente da direcção e administrador da SAD do Benfica, clube com o qual iremos jogar no próximo Domingo, continua impune e sem qualquer acusação, apesar de todos os indícios existentes e que são do conhecimento do Procurador Geral da República e de outras entidades. Esse senhor continua impune mas, tal como referi atrás, há sempre pessoas inconformadas, por isso, foi enviada ao senhor Procurador Geral um dossiê a que os autores chamaram de "Apito Encarnado". Ainda houve algum eco (muito pouco) na comunicação social, quando este texto foi entregue às entidades competentes, mas foi "sol de pouca dura". Rapidamente todas as notícias foram silenciadas por quem controla a República das Bananas. Para assinalar mais um jogo frente a um dos clubes que representa com maior vigor a realidade da máfia tri-céfala no nosso futebol, iremos publicar neste blogue o referido dossiê:

"Texto Integral do Dossiê Apito Encarnado - ("Tu, Luís...")
Exmo Sr.
Procurador-Geral da República

Somos um conjunto de funcionários de investigação que serve esta Instituição há muitos anos. Ela, apesar do momento negro que atravessa, ainda nos merece todo o respeito pelo seu passado recheado de excelentes serviços prestados à sociedade.

Decidimos efectuar esta comunicação não só pela razão anteriormente aludida, mas também em respeito pela memória de muitos dos excelentes funcionários que a serviram.

Esta Instituição ao longo dos anos da sua existência tem-se pautado por práticas de investigação, reconhecidas universalmente, tendo por objectivo a descoberta da verdade dos factos.

Assistimos nos últimos anos a algumas tentativas de influenciar investigações, tendo nalgumas delas, devido à sua mediatização, sido públicas tais intenções - recordamos os processos relacionados com a “Moderna” e “Finanças”.

No entanto, nada até agora se assemelhou ao que está a acontecer com o denominado “processo apito dourado”.

A nossa desilusão inicia-se com a análise que efectuámos aos processos ainda sem a intervenção da equipa “milagrosa” e continua com as práticas infames e desprezíveis cometidas por alguns elementos desta equipa.

Deparámo-nos com práticas que pensávamos já estarem arredadas num estado democrático. Todo o trabalho foi efectuado com alvos previamente definidos, tendo sido para tal, cometidas inúmeras ilegalidades e efectuados actos processuais, no mínimo, de validade duvidosa.

Actos iguais cometidos por pessoas diferentes tiveram decisões diferenciadas, o que revela que a equipa do Dr. Carlos Teixeira protegeu nitidamente algumas pessoas.

Analisando quem foi protegido verifica-se que estamos perante a rede de influências das pessoas que prestaram serviços e vassalagem ao S. L. Benfica e ao seu presidente Luís Vieira.

Nada nos move contra o S. L. Benfica, pois alguns até adeptos somos deste clube e, como é óbvio, queremos que o nosso clube vença sempre, mas não a qualquer preço.

Também não pretendemos ser enganados por quem, com discursos incendiados e dirigidos à populaça vai enganando os adeptos mais distraídos, “sacando” dinheiro ao clube.

Também a nossa conduta profissional impõe-nos a obrigação de não deixar passar em claro esta cabala.

Verificámos que o direccionamento da investigação (custa-nos empregar esta palavra, pois de investigação estes processos nada tiveram) não se ficou só pelos autos, pois o Dr. Carlos Teixeira, não conseguindo vencer o seu benfiquismo primário, entregou informação e peças processuais, previamente seleccionadas, a alguns jornalistas da sua cor, nomeadamente aos Srs. António Gomes e Rogério Azevedo.

Havia que injectar a opinião pública.
Mas vamos a alguns factos:

O Sr. Valentim Loureiro sempre que prestou declarações, e quando ouvido nos vários processos sobre a informação, que lhe era fornecida antecipadamente à sua divulgação pública, das nomeações dos árbitros, disse que a mesma lhe era fornecida quer pelo Presidente, quer por um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga. Em nenhum processo o Presidente de tal Conselho é arguido. O Vogal é-o em todos.

No processo que se encontra em fase de instrução relativo ao jogo Boavista-Estrela da Amadora analise-se a acusação. É uma peça digna de figurar no Guinness World Records. Inocentam-se condutas criminosas e acusam-se práticas legais, distorcendo-as.

Num jogo da Taça de Portugal S. C. Braga-F. C. Porto o Sr. Pinto de Sousa contactou os dois presidentes, quanto às suas preferências para arbitrar o jogo. O do F. C. Porto referiu que poderia ser qualquer um, menos o árbitro X. O do S. C. Braga referiu que não queria os árbitros Y, Z e W. O presidente do F. C. Porto é arguido no processo o do S. C. Braga não. Mas mais. Analise-se as escutas relacionadas com este jogo e verificar-se-á que no final do jogo o Dr. Mesquita Machado ligou ao ex-árbitro Azevedo Duarte todo indignado por não ter sido nomeado um determinado árbitro. Também não é arguido.

Não obstante o Sr. José Veiga ter sido escutado a solicitar que o árbitro, que dirigiria o encontro que a sua equipa realizaria no fim de semana seguinte, fosse contactado para beneficiar a sua equipa e apesar de ter ganho em casa do adversário por 0-1, o Sr. Magistrado entendeu que a matéria apurada não era suficiente.

Critérios ...

Apesar de lhe ter sido fornecida a informação que a seguir indicamos, relacionada com a época 2004/2005 (ano em que o S. L. Benfica quebrou o longo jejum), o Dr. Carlos Teixeira esqueceu-se de lhe dar o devido tratamento:

- As reuniões secretas entre o Sr. Luís Vieira e o Sr. José Veiga com o presidente e, por vezes, um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga em locais (Bares e Restaurantes) devidamente identificados em Lisboa e cujos funcionários estavam disponíveis para testemunhar.

- As reuniões efectuadas num Restaurante em Penafiel, bastante conhecido da gente do futebol, entre o Sr. José Veiga e vários árbitros e árbitros assistentes.

- As reuniões semanais entre o Sr. José Veiga com um vogal do Conselho de Arbitragem da Liga na zona litoral centro do País, perto da residência deste último (por coincidência os estágios do S. L. Benfica, nessa época, eram efectuados no litoral e relativamente próximo do mencionado local). Este vogal, por sua vez, levava as indicações ao Presidente das exigências dos Srs. Vieira e Veiga que indicavam os árbitros não só para os seus jogos, mas também para os dos seus rivais.

- As reuniões entre o Dr. João Rodrigues com o Sr. Pinto de Sousa num Hotel de Lisboa.

- As reuniões entre o mesmo João Rodrigues, no mesmo Hotel, com vários árbitros.

- As fortes ligações do Sr. José Veiga aos Laboratórios Internacionais de Doping.

- A promessa de contratação de um jogador do Guimarães. O Sr. José Veiga prometeu-lhe a contratação, caso não jogasse contra o Benfica. O jogador efectivamente não jogou. O Benfica tentou recuar na promessa, mas o jogador ameaçou que “metia a boca no trombone” e lá tiveram que o contratar.

- A promessa de contratação de um jogador do Estoril antes do “famoso” jogo Estoril-Benfica no Algarve. O Sr. José Veiga jantou com ele num Restaurante da linha do Estoril, tendo-lhe prometido a sua contratação, caso facilitasse a vida ao Benfica. As facilidades aconteceram, mas a contratação não.

- As reuniões efectuadas na semana que antecedeu o atrás citado jogo com vários jogadores do Estoril com o Sr. José Veiga e nalguns casos com o seu primo (o homem forte da segurança. Foi o autor da agressão no Aeroporto de Lisboa, quando o Sr. Luís Vieira foi “raptar” o jogador Moretto ao Brasil). Foram efectuados pagamentos pelo primo do Sr. Veiga, ao que consta, ao guarda-redes do Estoril. Sobre estes factos existiu a disponibilidade em falar dum elemento do Estoril. Aliás o homem propunha-se contar, não só, tudo sobre esta “novela”, mas de muitas outras que tinha conhecimento do Sr. Luís Vieira.

- As escandalosas arbitragens dos Srs. João Ferreira, Hélio Santos, Elmano Santos, Bruno Paixão, entre outros. Mas destas não interessava solicitar análises aos peritos.

- As ligações do presidente do Belenenses aos Srs. Luís Vieira, Cunha leal, Tinoco Faria, Pedro Mourão, Frederico Cebola que influenciaram a decisão no caso “Mateus”. Foram inclusivamente denunciados os pagamentos que foram efectuados a alguns destes senhores por alguns escritórios de advogados.

O Gil Vicente também gostará de saber que não foi prejudicado s6 na época passada, com intervenção do Sr. Luís Vieira. Ele pagou ao “paineleiro” Fernando Seara cerca de 100 mil contos (s/ recibo) para conseguir que o Alverca ficasse na 1.ª Divisão (era satélite do S. L. Benfica), prejudicando o Gil Vicente. Consta que o atrás referido “paineleiro” se juntou (falamos de escritório), há relativamente pouco tempo, ao já citado João Correia.

Existiam nos autos indícios quer em quantidade, quer devido à sua relevância que justificariam, caso o Magistrado fosse isento, que os Srs. Luís Vieira, José Veiga, António Salvador, João Rodrigues, Tinoco Faria, Luís Guilherme, Cunha Leal, António Duarte, Pedra Mourão, Frederico Cebola, Paulo Relógio fossem colocados sob escuta, mas tal não interessava."

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