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sexta-feira, 21 de julho de 2006

MAIS FORTES OU MAIS FRACOS?

Na chamada pré-época, à falta da verdadeira emoção dos jogos "a doer", as discussões dos adeptos e sócios dos clubes ficam pelas entradas e saídas nos planteis e pelo resultado dessas movimentações. Será que as equipas ficam mais fortes ou, pelo contrário, se tornam mais débeis?
Também na Briosa se faz essa discussão, pelo que tento agora "mandar mais umas achas para a fogueira".

Na baliza, apenas um dos três guarda-redes saiu. O espanhol Dani nunca se conseguiu afirmar como um titular da equipa ficando sempre na sombra da verdadeira "instituição académica" que é Pedro Roma. Dani foi substituido pelo brasileiro Douglas, jogador com experiência no Brasil, mas que nunca actuou na Europa. Noutras posições, a falta de experiência no velho Continente é um factor muito importante nas dificuldades sentidas pelos atletas que chegam do Brasil. Na baliza essa situação não é assim tão importante. No jogo de preparação com o Beira-Mar, Douglas quase não teve trabalho, estando bem nas poucas situações em que teve de intervir. Parece-me que não ficámos a perder com a troca efectuada na baliza.

A defesa foi o sector que teve uma maior "sangria" de elementos. Zé Castro, Hugo Alcântara, Pedro Silva e Ezequias saíram. O lado direito da defesa, na época transacta, sempre esteve em dificuldades. Nuno Luís foi o escolhido como titular, mas nunca se afirmou com grandes exibições. Pedro Silva, apesar de ser um jogador interessante, também revelou problemas ao longo da temporada, nomeadamente, falta de discernimento em algumas situações de jogo. Com a vinda do turco Sonkaya para o lugar do brasileiro, penso que Briosa não fica a perder. Na zona central da defesa é que as saídas são muito mais "aflitivas". Zé Castro foi, sem dúvida, o grande esteio da defesa durante toda a época. Hugo Alcântara, apesar de nunca se conseguir exibir ao nível que já tinha evidenciado em Setúbal, também foi sempre uma primeira escolha de Nelo Vingada. Para os seus lugares entraram Medeiros, Litos, Gonçalo e Káká. Salta logo à vista o facto de entrarem o dobro dos atletas em relação aos que saíram. Os dois primeiros são os que se afiguram como os mais adaptados ao futebol português e os mais experientes. Litos perde para Zé Castro na idade, como é óbvio, mas a sua excepcional experiência vai ser uma mais valia inquestionável. Medeiros já está muito bem integrado no futebol nacional. Nunca se conseguiu impôr como titular indiscutível em Guimarães, mas se nos lembrarmos da forma como Alcântara se exibiu durante quase toda a temporada, talvez não fiquemos a perder com a troca. Gonçalo é um jovem de grandes qualidades e de enorme margem de progressão. Káká é um ilustre desconhecido. Apenas do primeiro jogo de preparação se podem retirar umas pequenas notas acerca da sua forma de actuar, que foram positivas. Na lateral esquerda saíu Ezequias (que na verdade jogou bem melhor a central nos poucos jogos em que Nelo Vingada aí o colocou) que também foi sempre muito inconstante, e entrou o experiente brasileiro Lino. Lino é um jogador de cartaz razoável no Brasil, já passou pela Europa e pelo extremo oriente. Parece-me que a lateral esquerda ficará mais forte do que na temporada passada, ainda para mais com um Vítor Vinha cada vez mais confiante.

O meio campo foi reforçado fortemente. No ano passado, o meio campo defensivo ficou a cargo de Brum, o que se revelou manifestamente insuficiente. Para esta época Brum vai contar com o apoio de Alexandre, jogador experiente e que já actuou em Portugal anteriormente e Paulo Sérgio. Um pouco mais à frente temos Dionattan, Filipe Teixeira, N´Doye, Nuno Piloto, Ito, Sarmento e Fernando. Saíram Paulo Adriano e Andrade. Parece-me que é óbvio que estaremos mais fortes nesta zona fulcral do terreno.

No ataque é que a saída de Joeano foi uma notícia que caíu com uma "bomba" israelita nos ouvidos dos académicos. O abono de família da Briosa (pelo menos depois da saída de Marcel) foi para a Terra Santa. Para além dele, também Rui Miguel deixa de jogar de preto, se bem que, no que respeita a este último, a sua saída não será tão problemática. Da última temporada ficamos com o esforçadíssimo Gelson (ainda bem). Os reforços são Nestor Alvarez, Raúl Estevez, Hélder Barbosa e, possivelmente, Bruno Moraes. Os dois últimos virão por empréstimo do FC Porto, tal como Sonkaya. O colombiano Alvarez é um jogador muito conhecido na Colômbia e na América do Sul, mas como nunca actuou na Europa, a sua adaptação é uma incógnita, o mesmo se podendo dizer do argentino Estevez, cujo currículo impressiona bastante, nomeadamente pelos nomes dos clubes por que passou na América do Sul. Hélder Barbosa é um jogador de grande talento e de enorme margem de progressão (ainda ontem marcou um golo no Europeu de sub-19), mas a sua tenra idade não permita que se diga que irá "pegar de estaca" no plantel da Briosa. Bruno Moraes é um avançado de grandes qualidades técnicas, mas as graves lesões que o têm apoquentado, não me deixam sossegado. Fala-se que poderá ainda vir mais um avançado, o que acho que seria muito importante, especialmente se se tratar de um homem para jogar na área, uma vez que, para além de Gelson e Alvarez, todos os outros são avançados "móveis" e não "homens de área". Por outro lado, o facto de haver bastantes avançados móveis é muito positivo, uma vez que permite ao treinador uma grande variedade de escolhas para o esquema atacante.

Por último, a substituição do treinador. Manuel Machado tem um currículo menos extenso que Nelo Vingada, no entanto, desde que ficou conhecido como treinador de equipas de futebol profissional, Machado sempre teve êxito. Parece-me que a troca será benéfica para a Briosa.

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